Às vezes
Dizemos
O que não devemos dizer…
Ouvimos
O que não devemos ouvir…
Choramos
Por algo que não devemos chorar…
Sabes porquê?
Porque às vezes
Amamos
Quem não devemos amar!!!
Andreia Resende
Este projeto começou na Escola Básica Frei Estêvão Martins, em Alcobaça e destina-se a todos os que veem o mundo através da Poesia. Hoje tem o tamanho do Agrupamento de Cister. Aqui todos os membros da comunidade escolar podem participar, escrevendo (com o seu nome ou usando um pseudónimo), lendo, enviando os poemas preferidos, participando nas atividades... Porque o mundo é mais bonito quando dito com palavras escolhidas!
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
As cores da poesia
As cores da poesia
No Outono as folhas caem
De todos os tons e cores
Muda-se também a comida
Mudam-se também os sabores
A poesia e a pintura
Dão largas à imaginação
E todos os anos no Outono
Toca-se uma nova canção
A chuva e a geada
Tornam os dias insuportáveis
Lembramo-nos então do Verão
E dos seus dias agradáveis
As palavras e as notas
Voam todas no ar
No papel e nas pautas musicais
Só temos de as apanhar
Numa época tão bonita
É tão fácil inventar
Menos o poema que a professora mandou
Esse já custa a conjecturar…
Maria Teresa Manzarra, 9ºB
No Outono as folhas caem
De todos os tons e cores
Muda-se também a comida
Mudam-se também os sabores
A poesia e a pintura
Dão largas à imaginação
E todos os anos no Outono
Toca-se uma nova canção
A chuva e a geada
Tornam os dias insuportáveis
Lembramo-nos então do Verão
E dos seus dias agradáveis
As palavras e as notas
Voam todas no ar
No papel e nas pautas musicais
Só temos de as apanhar
Numa época tão bonita
É tão fácil inventar
Menos o poema que a professora mandou
Esse já custa a conjecturar…
Maria Teresa Manzarra, 9ºB
Asas feridas
Quebraram-me as asas
Em criança,
Impediram-me de voar.
Prenderam a minha alma,
Não me deixaram sonhar
Entre medos e silêncios
Fui calando o que sentia
Fui crescendo inibida
Sendo de tudo proibida
Um mundo sem fantasia.
E cresci com sentimentos
De temor e insegurança
Percorri a adolescência
Numa enorme turbulência
Não guardo boa lembrança.
E o tempo foi passando
Deixando algo profundo
Perguntas por responder
Da vida, nada saber
Sem preparo para o mundo
Nunca impeçam um ser
De voar
De sonhar
Facilitem-lhe o saber
Dêem-lhe espaço para aprender
Ensinem-lhe o que é Amar.
Setembro 2009
Fany
Quebraram-me as asas .
Em criança,
Impediram-me de voar.
Prenderam a minha alma
Não me deixaram sonhar
Entre medos e silêncios
Fui calando o que sentia
Fui crescendo inibida
Sendo de tudo proibida
Um mundo sem fantasia.
E cresci com sentimentos
De temor e insegurança
Percorri a adolescência
Numa enorme turbulência
Não guardo boa lembrança.
E o tempo foi passando
Deixando algo profundo
Perguntas por responder
Da vida, nada saber
Sem preparo para o mundo
Nunca impeçam um ser
De voar
De sonhar
Facilitem-lhe o saber
Dêem-lhe espaço para aprender
Ensinem-lhe o que é Amar.
Setembro 2009
Fany
Em criança,
Impediram-me de voar.
Prenderam a minha alma,
Não me deixaram sonhar
Entre medos e silêncios
Fui calando o que sentia
Fui crescendo inibida
Sendo de tudo proibida
Um mundo sem fantasia.
E cresci com sentimentos
De temor e insegurança
Percorri a adolescência
Numa enorme turbulência
Não guardo boa lembrança.
E o tempo foi passando
Deixando algo profundo
Perguntas por responder
Da vida, nada saber
Sem preparo para o mundo
Nunca impeçam um ser
De voar
De sonhar
Facilitem-lhe o saber
Dêem-lhe espaço para aprender
Ensinem-lhe o que é Amar.
Setembro 2009
Fany
Quebraram-me as asas .
Em criança,
Impediram-me de voar.
Prenderam a minha alma
Não me deixaram sonhar
Entre medos e silêncios
Fui calando o que sentia
Fui crescendo inibida
Sendo de tudo proibida
Um mundo sem fantasia.
E cresci com sentimentos
De temor e insegurança
Percorri a adolescência
Numa enorme turbulência
Não guardo boa lembrança.
E o tempo foi passando
Deixando algo profundo
Perguntas por responder
Da vida, nada saber
Sem preparo para o mundo
Nunca impeçam um ser
De voar
De sonhar
Facilitem-lhe o saber
Dêem-lhe espaço para aprender
Ensinem-lhe o que é Amar.
Setembro 2009
Fany
Quando vais soltar de novo esse olhar
Quando vais soltar de novo esse olhar
que lentamente me queima por dentro
sinto falta de te ver de novo brilhar
pois és tu e só tu onde eu me centro.
Ando nesta estrada de passagem
a tentar encontrar uma solução
sei que naquela manhã não foste uma miragem
de facto és muito mais do que purailusão.
Não sei onde ficar e os dias sãobanais
não sei onde pertenço nem quem sou
um "talvez" na nossahistória não é nada mais
do que aquilo que na minha memória ficou.
Saudade é algo que sinto no dia a dia
algo que aperta com força o coração
o que fizeste na minha vida foi pura magia
algo que fica para sempre como recordação.
Inês
que lentamente me queima por dentro
sinto falta de te ver de novo brilhar
pois és tu e só tu onde eu me centro.
Ando nesta estrada de passagem
a tentar encontrar uma solução
sei que naquela manhã não foste uma miragem
de facto és muito mais do que purailusão.
Não sei onde ficar e os dias sãobanais
não sei onde pertenço nem quem sou
um "talvez" na nossahistória não é nada mais
do que aquilo que na minha memória ficou.
Saudade é algo que sinto no dia a dia
algo que aperta com força o coração
o que fizeste na minha vida foi pura magia
algo que fica para sempre como recordação.
Inês
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Errar
Fazer o que querer
Por vezes acabamos a perder.
Não queria mesmo vos desiludir
E sei que o fiz.
Mas agora não há volta a dar
Aprendemos com o verbo errar
E com o verbo recuperar,
Por muito que possa explicar
Nunca vou encontrar
Explicação possível,
Que corrigir o incorrigível!
Não consigo explicar o que sinto
Não quero repetir
Mas se disser “-nunca mais”,
Talvez minto.
Não vou por maus caminhos
Nem por poças e espinhos,
Estou a descobrir…
Sei que não devia,
Mas a verdade e que me apetecia,
E o desejar sobrepôs-se ao superar
E daí gerou o fracassar.
Só resta aprender
E viver
Elsa Silvestre
Por vezes acabamos a perder.
Não queria mesmo vos desiludir
E sei que o fiz.
Mas agora não há volta a dar
Aprendemos com o verbo errar
E com o verbo recuperar,
Por muito que possa explicar
Nunca vou encontrar
Explicação possível,
Que corrigir o incorrigível!
Não consigo explicar o que sinto
Não quero repetir
Mas se disser “-nunca mais”,
Talvez minto.
Não vou por maus caminhos
Nem por poças e espinhos,
Estou a descobrir…
Sei que não devia,
Mas a verdade e que me apetecia,
E o desejar sobrepôs-se ao superar
E daí gerou o fracassar.
Só resta aprender
E viver
Elsa Silvestre
Procura a Felicidade
No esplendor da juventude
Sem se antever a velhice
Vive-se a vida a correr
Ávidos de tudo querer
Esvai-se….. a meninice
Vive-se, sem se viver
Julga-se, sem se saber
Valoriza-se o efémero
O supérfluo e a vaidade
Procura-se incessantemente
O óbvio, o incoerente
Esquece-se a Felicidade
Então
Vem a desilusão
O vazio, a solidão
E surge a tal depressão
Falta amares-te a ti próprio
Viver com o coração
Louvar o que existe na vida
Agradecer, dar a mão
É tempo de mais Amor
Ouve o teu interior!
Alcança o “tal segredo “
Que dentro de ti existe
Agarra o bom pensamento
Agradece cada momento
Sê Feliz, persiste !
A vida é curta que baste
Por si só, o tempo voa
Tu muito podes fazer:
Valoriza o aprender
Ama todo e qualquer Ser
E cresce para perceber
A dádiva do teu viver
Fanny
Sem se antever a velhice
Vive-se a vida a correr
Ávidos de tudo querer
Esvai-se….. a meninice
Vive-se, sem se viver
Julga-se, sem se saber
Valoriza-se o efémero
O supérfluo e a vaidade
Procura-se incessantemente
O óbvio, o incoerente
Esquece-se a Felicidade
Então
Vem a desilusão
O vazio, a solidão
E surge a tal depressão
Falta amares-te a ti próprio
Viver com o coração
Louvar o que existe na vida
Agradecer, dar a mão
É tempo de mais Amor
Ouve o teu interior!
Alcança o “tal segredo “
Que dentro de ti existe
Agarra o bom pensamento
Agradece cada momento
Sê Feliz, persiste !
A vida é curta que baste
Por si só, o tempo voa
Tu muito podes fazer:
Valoriza o aprender
Ama todo e qualquer Ser
E cresce para perceber
A dádiva do teu viver
Fanny
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Amostra Sem Valor
"Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível;
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo."
António Gedeão
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível;
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo."
António Gedeão
Onde está a paz do mundo?
Onde está a paz deste mundo?
Em que lugar?
Preciso de saber
Para acabar com esta guerra…!
Acabar com este sofrimento
Que muitos partilham…
A única coisa que eu desejo intensamente
É que haja paz
No nosso mundo…!
Andreia Resende, 8º G
Em que lugar?
Preciso de saber
Para acabar com esta guerra…!
Acabar com este sofrimento
Que muitos partilham…
A única coisa que eu desejo intensamente
É que haja paz
No nosso mundo…!
Andreia Resende, 8º G
Nem sempre sou forte!
Quando menos esperamos
Tudo pode mudar
Na vida tudo é a acaso
Não podemos controlar
Em cada simples dia
Algo de novo achamos
Sem mapa ou bússola
Desorientados mergulhamos
Ao nascer do dia
Nada me parece orientar
Mas na hora da escuridão
Tudo consigo conquistar
De que me serve achar
Que sou a maior
Quando no fundo nada conheço
E por final só vem o pior?
A cada segundo peço
Um pequeno e simples sinal
Não quero desistir disto
Porque o vivo com um ar triunfal!
Noémia Simões
Tudo pode mudar
Na vida tudo é a acaso
Não podemos controlar
Em cada simples dia
Algo de novo achamos
Sem mapa ou bússola
Desorientados mergulhamos
Ao nascer do dia
Nada me parece orientar
Mas na hora da escuridão
Tudo consigo conquistar
De que me serve achar
Que sou a maior
Quando no fundo nada conheço
E por final só vem o pior?
A cada segundo peço
Um pequeno e simples sinal
Não quero desistir disto
Porque o vivo com um ar triunfal!
Noémia Simões
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Para Escrever o Poema
O poeta quer escrever sobre um pássaro:
e o pássaro foge-lhe do verso.
O poeta quer escrever sobre a maçã:
e a maçã cai-lhe do ramo onde a pousou.
O poeta quer escrever sobre uma flor:
e a flor murcha no jarro da estrofe.
Então, o poeta faz uma gaiola de palavras
para o pássaro não fugir.
Então, o poeta chama pela serpente
para que ela convença Eva a morder a maçã.
Então, o poeta põe água na estrofe
para que a flor não murche.
Mas um pássaro não canta
quando o fecham na gaiola.
A serpente não sai da terra
porque Eva tem medo de serpentes.
E a água que devia manter viva a flor
escorre por entre os versos.
E quando o poeta pousou a caneta,
o pássaro começou a voar,
Eva correu por entre as macieiras
e todas as flores nasceram da terra.
O poeta voltou a pegar na caneta,
escreveu o que tinha visto,
e o poema ficou feito.
Nuno Júdice
e o pássaro foge-lhe do verso.
O poeta quer escrever sobre a maçã:
e a maçã cai-lhe do ramo onde a pousou.
O poeta quer escrever sobre uma flor:
e a flor murcha no jarro da estrofe.
Então, o poeta faz uma gaiola de palavras
para o pássaro não fugir.
Então, o poeta chama pela serpente
para que ela convença Eva a morder a maçã.
Então, o poeta põe água na estrofe
para que a flor não murche.
Mas um pássaro não canta
quando o fecham na gaiola.
A serpente não sai da terra
porque Eva tem medo de serpentes.
E a água que devia manter viva a flor
escorre por entre os versos.
E quando o poeta pousou a caneta,
o pássaro começou a voar,
Eva correu por entre as macieiras
e todas as flores nasceram da terra.
O poeta voltou a pegar na caneta,
escreveu o que tinha visto,
e o poema ficou feito.
Nuno Júdice
Amigo
Amigo
Não magoa,
Não trai
Não fala por falar.
Amigo
Não julga,
Não se importa com as aparências.
Amigo
É mesmo amigo
Amigo é a verdade.
Andreia Resende 8º G
Não magoa,
Não trai
Não fala por falar.
Amigo
Não julga,
Não se importa com as aparências.
Amigo
É mesmo amigo
Amigo é a verdade.
Andreia Resende 8º G
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Um tesouro
A poesia esconde-se a cada canto da nossa vida, a inspiração que muitas vezes teimamos em não deixar dominar-nos, a pretexto que não temos jeito para escrever em verso, espreita em cada um dos nossos gestos, basta fechar os olhos, deixar fluir as emoções e esperar que a caneta desenhe a nossa alma de poeta, o resultado pode surpreender-nos ou surpreender se o partilharmos.
Aqui fica um bom exemplo de partilha neste poema coletivo elaborado pelos alunos do 9º B, que após a leitura e interpretação do conto "O tesouro" de Eça de Queirós, recontaram a história em verso.
Muitos parabéns!!!
O Tesouro
Havia em Medranhos
Três fidalgos muito estranhos
Viviam rotos e pobres,
Não viviam como nobres
Numa manhã de primavera,
Que tal alegria nunca lhes dera,
Encontraram um tesouro
Cheio de dobrões de ouro.
Mas este, muita desconfiança causou
E cada um, uma chave tirou.
Enquanto Guanes foi à civilização
Rui, o seu plano pôs em ação.
Numa emboscada
Por Rui planeada,
Guanes levou uma facada.
Rostabal, que a facada deu
Às mãos de Rui, também morreu.
Rui pensara
Que o seu plano triunfara,
Mas Guanes a perna lhe passara.
Quando o vinho bebeu,
A sua vida perdeu.
Assim a vida de todos terminara
Sem ouro e sem nada.
Poema coletivo dos alunos do 9º B
Aqui fica um bom exemplo de partilha neste poema coletivo elaborado pelos alunos do 9º B, que após a leitura e interpretação do conto "O tesouro" de Eça de Queirós, recontaram a história em verso.
Muitos parabéns!!!
O Tesouro
Havia em Medranhos
Três fidalgos muito estranhos
Viviam rotos e pobres,
Não viviam como nobres
Numa manhã de primavera,
Que tal alegria nunca lhes dera,
Encontraram um tesouro
Cheio de dobrões de ouro.
Mas este, muita desconfiança causou
E cada um, uma chave tirou.
Enquanto Guanes foi à civilização
Rui, o seu plano pôs em ação.
Numa emboscada
Por Rui planeada,
Guanes levou uma facada.
Rostabal, que a facada deu
Às mãos de Rui, também morreu.
Rui pensara
Que o seu plano triunfara,
Mas Guanes a perna lhe passara.
Quando o vinho bebeu,
A sua vida perdeu.
Assim a vida de todos terminara
Sem ouro e sem nada.
Poema coletivo dos alunos do 9º B
No meio de todo este barulho ensurdecedor
No meio de todo este barulho ensurdecedor
tento lembrar-me de todas aquelas feições
procuro por ti tentando fugir ao clamor
de rostos em que trespassa o medo e as desilusões.
O amanhecer permanece gelado
e eu já sem uma única razão
tento ficar uma última vez a teu lado
mesmo no meio de toda esta confusão.
Olhos nos olhos quero achar
uma forma de te dizer
que é contigo que eu quero ficar
sabendo os riscos que isto pode trazer.
O tempo por nós passou
mas aquela memória não desaparece
sei que em mim nada mudou
pois quem ama nunca esquece.
Inês
tento lembrar-me de todas aquelas feições
procuro por ti tentando fugir ao clamor
de rostos em que trespassa o medo e as desilusões.
O amanhecer permanece gelado
e eu já sem uma única razão
tento ficar uma última vez a teu lado
mesmo no meio de toda esta confusão.
Olhos nos olhos quero achar
uma forma de te dizer
que é contigo que eu quero ficar
sabendo os riscos que isto pode trazer.
O tempo por nós passou
mas aquela memória não desaparece
sei que em mim nada mudou
pois quem ama nunca esquece.
Inês
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