segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


Poema de Natal - Fernando Pessoa


Natal… Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade !
Meu pensamento é profundo,
Estou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei !

Eu queria ser Pai Natal - Luísa Ducla Soares


Eu queria ser Pai Natal
E ter carro com renas
Para pousar nos telhados
Mesmo ao pé das antenas.
Descia com o meu saco
Ao longo da chaminé,
Carregado de brinquedos
E roupas, pé ante pé.
Em cada casa trocava
Um sonho por um presente
Que profissão mais bonita
Fazer a gente contente!

Natal


Natal, é para ser todos os dias.
Nos nossos corações, nas nossas mentes.
O Natal não está nos presentes, está na ajuda ao próximo e na compreensão.
É darmos as mãos e sentirmo-nos irmãos.




UM “TOQUE” NATALÍCIO


Prega-se, implora-se
Por um pouco mais de humanidade
E aproveita-se esta quadra
Em atitude encenada
Para banir a desigualdade

E os crentes e descrentes
Revêm-se nestes desejos
Reprovam tanta vaidade
Com frases de fatalidade
Muitas, ditas com gracejos

Amor, histeria
Muitos donativos, hipocrisia
Misturam-se numa receita
Que nem de todo é perfeita!

Iluminam-se as cidades
Agendam-se celebrações
Fazem-se apelos à união
Unânimes numa missão
De travar as divisões

E tocam em tantos corações...

Mas porquê só nesta quadra
Que deveria ser abençoada
Se criam tantas ilusões,
Falsas expetativas nas multidões?

Sejamos honestos!
Um pouquinho mais de bondade.
O ano tem tantos dias
Para reviver o “Messias”
Prestar solidariedade!

Deixemo-nos de fantasias
E de procurar protagonismo
E discretamente ajudarmos
Sem nada em troca cobrarmos
Pormos de parte o egoísmo

E este espírito de Natal
Dia a dia o construirmos
No trabalho, em cada momento
Num total envolvimento
Sem nunca o próximo ferirmos

Um Feliz e Santo Natal.

      FM de Quod