Este projeto começou na Escola Básica Frei Estêvão Martins, em Alcobaça e destina-se a todos os que veem o mundo através da Poesia. Hoje tem o tamanho do Agrupamento de Cister. Aqui todos os membros da comunidade escolar podem participar, escrevendo (com o seu nome ou usando um pseudónimo), lendo, enviando os poemas preferidos, participando nas atividades... Porque o mundo é mais bonito quando dito com palavras escolhidas!
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Fim de Ano
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez,
com outro número e outra vontade
de acreditar que daqui pra
diante vai ser diferente.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Uma Carta ao Pai Natal
Britney Spears
Last night I took a walk in the snow
Couples holding hands, places to go
Seems like everyone but me is in love
Santa can you hear me
I signed my letter that's sealed with a kiss
I sent it off, and just said this
I know exactly what I want this year
Santa can you hear me
I want my baby, baby
I want someone to love me
And someone to hold
Maybe, maybe (maybe, maybe)
I'll be on my own and I'll be thankful
Santa can you hear me?
I have been so good this year
And all I want is one thing
Tell me my true love is here
He's all I want, just for me
Underneath my Christmas tree
I'll be waiting here
Santa that's my only wish this year
Christmas Eve, I just can't sleep
Would I be wrong, for taking a peek?
'Cause I heard that you're comin' to town
Santa can you hear me
I really hope that you're on your way
With something special for me in your sleigh
Oh please make my wish come true
Santa can you hear me
I want my baby, baby
I want someone to love me
And someone to hold
Maybe, maybe (maybe, maybe)
We'll be all alone under the mistletoe
Santa can you hear me?
I have been so good this year
And all I want is one thing
Tell me my true love is here
He's all I want, just for me
Underneath my Christmas tree
I'll be waiting here
Santa that's my only wish this year
I hope my letter reaches you in time
Bring me a love, I can call all mine
'Cause I have been so good this year
Happy alone, under the mistletoe
He's all I want and I'll be thankful
Santa can you hear me?
I have been so good this year
And all I want is one thing
Tell me my true love is here
He's all I want, just for me
Underneath my Christmas tree
I'll be waiting here
Santa that's my only wish this year
(Oh Santa, can you hear me? Oh Santa...)
He's all I want, just for me
Underneath my Christmas tree
I'll be waiting here
Santa that's my only wish this year
Santa that's my only wish this year
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Natal é...
Natal é...
Uma estrela brilhante
Que nos guia até ao caminho da felicidade.
Natal é...
Tempo de paz, amor e carinho
Pois é bom ter perto de nós
Sempre um braço amigo.
Natal é...
O sorriso de uma criança
Que transborda de magia e beleza.
Natal é...
Uma flor
Que abre no seu esplendor
E se volta a fechar para mais tarde,
Bonita de novo regressar.
Natal é...
A água transparente e límpida
Que reflecte a bondade
Dos corações.
Natal é...
Música que flutua nos nossos ouvidos,
Uma agradável melodia
Que a esta festa pertencia.
Maria Teresa Caldeira Manzarra
Nº10
8ºB
Ainda não encontrei palavras para descrever
Ainda não encontrei palavras para descrever
porque caminho nesta direcção
eu sei apenas que nunca me vou esquecer
daquelas promessas vãs guardadas ainda no meu coração.
Cada dia que vivo é uma história diferente
algo que tento reproduzir a partir de um simples papel
quero mostrar às pessoas que a poesia é uma arte coerente
onde se solta magia, fantasia e se cria um sentimento que se torna fiel.
Alguns sonhos têm imenso significado
outros não passam de uma mera melancolia
sei bem que nunca voltaremos a ficar lado a lado
o meu olhar gela, enquanto cada lágrima fica mais fria.
Será que chegará mesmo a bonança?!
ou tudo não passa de uma frase banal
estarei eu destinada a ter esta triste lembrança
de um tempo que parou naquele momento ocasional.
ALGUÉM QUE MUDOU
Certo dia alguém acordou,
abriu as persianas
Olhou para o mundo,
Encarou-o,
Mas não conseguiu,
Sentia-se frágil e fraco,
Sem sentimento,
Sem reacção
Queria reagir,
Não conseguia,
Queria gritar,
Não podia,
Queria fugir,
Fumegar do cansaço,
Sentir-se útil
Ter importância
Nalgo ou em alguém,
Queria poder fazer o que nunca tinha feito,
Olhar para onde nunca tinha olhado,
Cheirar o que nunca tinha cheirado,
Recordar o que tinha esquecido,
Amar quem não tinha amado,
Mas não podia,
Algo o prendia,
Seria o medo da vida,
Ou a própria morte?
Algo o fazia esquecer,
Esquecer o mundo,
Mergulhar numa visão só dele,
Algo onde ninguém conseguia entrar,
Algo que apenas tinha sido aberto uma única vez
E fechado tantas vezes quantas tinha sido aberto,
Era um mundo sombrio,
Escuro,
Sem luz,
Sem vida,
A tristeza reinava,
E a morte era o soberano futuro,
A alegria,
Era a alergia,
A luminosidade,
Indiferente,
A luz,
Longínqua,
A paz,
Inexistente,
O pesadelo,
Real.
Para este quadro
Pintado de negro,
Negro que nem carvão,
Negro que nem a escuridão,
Negro como as profundezas.
Apenas havia uma solução,
A derrota,
Tudo na vida dele era uma derrota,
Ele era um derrotado,
Achava que nada valia a pena.
Lutar?
Lutar para quê?
Apenas servia
Para gastar as ultimas forças que tinha,
Gloria?
Para quê gloria?
Para ganhar falsas relações,
Construir tudo à base de ambições,
Egoístas,
Liquidas,
Insuportáveis?
Nada a pena valia,
Apenas lhe servia
Para ocupar o coração pequeno
De bases vitais
Hipócritas,
Sem escrúpulos,
De sentimentos,
Puros ou impuros,
Que ao mínimo maremoto
Só o faria sofrer,
Matar a sua alma,
Límpida,
Gentil,
Humilde,
Levando-o à sua morte cruel.
O dia ia escurecendo,
O sol enfraquecido,
Ia descendo,
A lua minguante,
Ia subindo,
Forte,
Reconfortante,
E a tristeza
Desta pobre vida
Ia aumentando,
A cada hora,
Minuto,
Segundo,
Até que as persianas se fecharam,
Como se olhos quisessem
Descanso eterno.
Durante os meses seguintes,
Nada mudou,
Vidas entraram na casa,
Mas nunca na sua alma.
Vidas tentaram,
Tentaram o impossível,
Mas não conseguiram,
Vidas mudaram-se,
Olhavam,
Pela primeira vez,
Para aquele pobre coitado com outros olhos,
Já não eram olhos de ignorância,
Mas sim de pena,
De toques suaves nos cubos gelados,
Que se começavam a derreter,
De sentimentos puros despertados,
De lágrimas libertadas.
Algo estava a acontecer,
Pela primeira vez a tristeza sentia algo!
Sentia o despertar tardio de rasgos nos lábios,
Sentia-se útil,
Finalmente tinha percebido
Que a sua vinda em terra
Não tinha sido em vão,
Mais cedo ou mais tarde,
Sensibilizaria alguém,
E essa hora tinha chegado!
Os anos passaram-se,
As recuperações atrasaram-se,
Até ao dia
Em que o milagre aconteceu!
O impensável aconteceu,
E o fraco
Levantou-se
De onde estava deitado
Há mais do que tempo passado.
Sentia algo diferente,
Sentia-se quente,
O coração a palpitar,
A sua mente a levitar,
Até que entraram
Pela casa a dentro,
Queriam saber o sucedido,
Queriam tirar dele
Uma única lição de vida,
Queriam sentir
A sua pura pequena tristeza.
Risos apareceram,
Abraços se formaram,
Entre conhecidos
E desconhecidos,
Amigos
E inimigos,
Estavam todos eles,
Unidos por algo,
Aldeias,
Vilas,
Cidades,
Estavam lá,
Estavam lá para dar apoio,
Estavam lá para mudarem corações,
Estavam lá para comemorarem a vida
E fazerem da morte a morte.
Gargalhadas do pobre,
Pela primeira vez foram ouvidas,
As mãos deste
Conseguiam-se mover,
Os braços estavam fortes como nunca,
A cabeça segura,
As pernas estáveis,
Estáveis o suficiente,
Para conseguirem leva-lo até à beleza natural.
Tudo era diferente,
A cor,
O floral,
O temporal,
O verde verdejante,
Era primavera,
Existia vida,
Pássaros no ar,
Alegria no vento,
Felicidade nas nuvens,
Mas não havia volta a dar,
O destino estava traçado,
O alguém caiu que nem pena,
No chão verdejante
Que se tornara seco,
Círculos se formaram,
Em torno da morte recente,
Lágrimas de tristeza,
Escorreram,
Pedidos de paz para alma
Foram pedidos,
Arrependimentos foram mostrados,
Sentimentos exteriorizados,
Mas não havia volta a dar,
Alguém levara o alguém,
Que sofrera durante anos
E que vivera durante dias
Uma alegria,
Emersa de sorrisos,
De luz,
De paz,
De pura fantasia,
Onde o choro era desconhecido,
E a união fortificada.
Tudo ficara escuro,
A primavera transformara-se em inverno,
E nada mais era igual,
A humildade,
A amizade,
A força,
Tinham-se formado,
De uma forma tão pura,
Fortalezas apareceram,
Como muralhas
Que protegiam as almas.
Nada mais era igual,
E uma vida apenas
De negra escuridão,
Conseguira mudar
O impensável de se mudar.
Tadeu Faustino, 9ºD
Natal era…
Amor, simplicidade e ternura
A esperança de ter a família unida
O esquecimento dos bens materiais
Alegria transformada numa noite de magia
Um momento de crença e de partilha
A comemoração do nascimento de Jesus
Uma verdadeira noite em família
Uma tradição à luz das velas
Iluminada pelos sorrisos,
Da mais pura inocência
A elegante troca de carinho
Que enchia de calor o ninho
Agora..
O Natal é…
Uma época de consumismo
Onde os sentimentos perdem valor
O amor enfraquece
E o materialismo toma o poder.
A alteração do significado de família
E do espírito natalício.
Um confronto perdido pela união.
poema colectivo do 9º A
Cabaz de Natal
E para o Natal
preparámos um conselho, que tal?
«Um poema por dia,nem sabe o bem que lhe fazia»
E para desejar Boas Festas
criámos umas rimas: estas;
são rimas desengonçadas
mas muito bem intencionadas,
destas professoras,
com os vossos trabalhos, encantadas
Helena Rodrigues e Leonor Carvalho
E no Cabaz de Natal
BOAS FESTAS!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Café
Sabor de antigamente,sabor de família,
Café que foi torrado em casa,
Que foi feito no fogão da casa,com lenha do mato da casa,
Café para as visitas de cerimónia,
Café para as visitas de intimidade,
Café para os desconhecidos,para os que pedem pousada,para toda a gente
Ribeiro Couto (Brasil)
A selecção deste poema contou com a colaboração especial da aluna do 7ºD, Tawary Coelho
No Jardim Botânico
Urubu
Truz Truz Truz
Canário assistente
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Esquecer
De algo tão belo?
Não é tão fácil,
Como apagar lápis do papel!
Disseste-me para pensar
No mal em que me fizeste!
Eu tentei, mas só encontrei,
A felicidade que me deste!
Dou por mim a pensar,
Quando contigo vou sonhar,
Ou simplesmente estar
E reencontrar!
Dou por mim a imaginar,
Como seria ter o teu olhar
No meu mundo,
Em todo o lugar!
Quero ser feliz,
Mas primeiro tenho de esquecer-te
Mas nunca irá ser
Como se não te conhecesse!
Neste Natal vou-te rever
Não sei se é o melhor a fazer
Mas pior também não pode acontecer!
Elsa Silvestre nº7, 9ºD
domingo, 5 de dezembro de 2010
Nem aí...
ao suposto prestígio literário
e ao trabalho
do poeta,
à difícil faina
a que se entrega para
inventar o dizível,
sobe à mesa
o gatinho
se espreguiça
e deita-se e
adormece
em cima do poema
Ferreira Gullar