terça-feira, 24 de maio de 2016


Uma vez que se aproxima mais um final de ano letivo, aqui ficam alguns poemas cuja temática é a despedida, é a nossa forma de dizer "Até breve"...

Não chore nas despedidas,pois elas constituem formalidades obrigatórias
para que se possa viver uma das mais singulares emoções da vida: O reencontro.
Richard Bach


Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
Fernando Pessoa

    Despedida


Três modos de despedida

Tem o meu bem para mim:

- «Até logo»; «até à vista»:

Ou «adeus» – É sempre assim.

«Adeus», é lindo, mas triste;
«Adeus» … A Deus entregamos
Nossos destinos: partimos,
Mal sabendo se voltamos.

«Até logo», é já mais doce;
Tem distancia e ausência, é certo;
Mas não é nem ano e dia,
Nem tão-pouco algum deserto.

Vale mais «até à vista»,
Do que «até logo» ou «adeus»;
«À vista», lembra, voltando,
Meus olhos fitos nos teus.

Três modos de despedida
Tem, assim, o meu Amor;
Antes não tivesse tantos!
Nem um só… Fora melhor.

António Correia de Oliveira, in 'Antologia Poética

terça-feira, 3 de maio de 2016

Após a leitura de "Os Lusíadas para gente nova" de Vasco Graça Moura, alguns alunos das turmas do 8º B e C da Escola Frei Estêvão Martins, produziram estes belos poemas...

A grande História Portuguesa


A grande História Portuguesa
que muita gente acha que conhece
é feita, navegando em mar de cor turquesa,
onde toda a tormenta aparece.

Pelos sete mares aventurado
lembrando família, amigos e velhos vícios,
passavam dias inteiros trabalhando
para esquecer tamanhos sacrifícios.

Pela escrita de Luís de Camões
foram os Portugueses glorificados,
cantaram durante muitos verões
sem saber quanto eram afortunados.

Assim os portugueses marinheiros
que se espalham pelos continentes,
foram pelos Deuses protegidos e pioneiros
na evangelização e aculturação das gentes.

O Povo Português está mudado
Agora, só sonha ser o primeiro
a chegar a qualquer lado
onde consiga muito dinheiro.

Ricardo Nunes, 8ºC, FEM


Vénus, Marte, Júpiter e Baco


Vénus, Marte, Júpiter e Baco
No Olimpo se reuniram
Para decidirem se os Portugueses
À  Índia chegariam...

Vénus e Júpiter logo afirmaram,
Baco negou, não querendo ajudar.
Marte o seu voto deu a favor
E assim a maioria fez ganhar.

Mas, Baco insatisfeito com a decisão
Vários obstáculos criou.
Mas a bela Vénus,
Logo os Portugueses ajudou.

Vénus, a armada portuguesa
À Índia fez chegar.
Mas, antes disso em Melinde narraram,
E, mais à frente, quatro ventos tiveram de superar.

Anita Heitor, 8ºB, FEM

Lusíadas por Luís de Magalhães


Estou a falar de Helena,
a professora de pele branca,
comigo é serena
e ainda por mais, franca.

D'"Os Lusíadas"me falou e agora, vou eu falar,
 dos seus melhores momentos,
daqueles que fizeram viagens pelo mar,
em busca de Descobrimentos.

Camões foi quem escreveu
este  livro único,
salvando-o do naufrágio em detrimento da amada
que no oceano nunca mais foi encontrada.

Vasco da Gama foi quem navegou
com os seus companheiros pelos mares,
os quatro ventos fortes enfrentou,
ultrapassando todos os males.

D. Manuel foi quem sonhou
esta grande aventura,
alguns reinos subornou,
levando-os à loucura.

Após vários anos,
à Índia os nautas chegaram,
os barcos com muitos danos
O ânimo recuperaram.

Por lá ficaram algum tempo
negociando especiarias
com pessoas de renome
para na comida fazerem melhorias.

Voltaram para Portugal
com a mão direita no peito
pelo Rei, Gama foi premiado, leal
pelo povo português, desse jeito.

E assim chega ao fim
este poema genial,
com esta última estrofe enfim
não podia acabar mal.

Luís Magalhães, 8º B, FEM