sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Eis que nos chegam os primeiros poemas deste ano letivo, continuam bonitos e espelham muito do vai na lama desta poetizas, que ao longo dos últimos anos partilharam connosco textos muito expressivos.

Elas partiram... Iniciaram um novo percurso no ensino secundário, e desde já fazemos votos para que tudo corra pelo melhor nesta nova etapa escolar; para nós é particularmente perceber como se mantêm unidas a nós e a este cantinho onde a poesia é rainha...

Não sei o que fazer

Estou presente,

Mas a minha alma

Paira sobre outra praia,

Uma praia calma,

Calma mas agitada

Desnorteada, assustada

E mais alguns acabados em «Ada»!

Estou na aula,

Aparentemente atenta,

Mas a minha cabeça

Vai de oito a oitenta

Sem que nenhuma parte de mim estremeça

Até que…

Algo ou alguém captou a minha atenção

Foi como disparar o meu coração!

De repente as minhas mãos começam a tremer

Porque nem acredito que voltaste atrás para me ver!

Eu nunca pensei

Que alguma vez pudesse conhecer

Alguém como tu

Alguém que em poucos dias

Se tornou «NA» pessoa!

Acho que nem acreditarias

Se te dissesse o quanto me fazes tremer

Cada vez que te vejo

De cada vez que estive para falar contigo

Mas que não fui capaz!

Hoje em dia os computadores ajudam

Ajudam mas não deviam de ajudar

Porque assim vou para sempre continuar

A tremer cada vez que para ti olhar!

Não sei o que fazer

Estás sempre no meu pensamento,

Na minha cabeça quase que parece um julgamento!

Em que o réu é o meu coração!

Será que o juiz o vai declarar culpado?

E o crime será paixão?

Não sei o que fazer,

Para parar de tremer…

Elsa Silvestre



Onde estás agora...


Onde estás agora que quero adormecer

onde estás agora que quero voar

sem ti nunca mais voltei a ter amanhecer

sem ti estou a tentar recomeçar.


Não vale de nada pensar

num final há já muito anunciado

pois tal como começou acabou por terminar

com um intenso olhar gelado.


Tudo mudou como da noite para o dia

naquele jardim deixei de te ver passar

recordo os momentos em que contigo sorria

mas que agora eu quero apenas apagar.


Gostava de ter tido tempo para te dizer

que nem tudo foi em vão

porque graças a ti acabei por entender

que na vida há sempre uma razão.


Inês Marques


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